A asma é uma doença crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Embora não tenha cura, é possível controlar a doença e viver uma vida normal com o tratamento adequado.
O manejo da asma é feito em etapas, de acordo com o nível de controle dos sintomas, e envolve uma combinação de medicamentos de alívio e de controle a longo prazo. Neste post, vamos explorar as etapas do tratamento da asma e como elas ajudam a manter a doença sob controle.
Entendendo as etapas do tratamento da asma
O tratamento da asma é dividido em cinco etapas, que são ajustadas conforme a gravidade dos sintomas e o nível de controle da doença.
O objetivo principal é alcançar e manter o controle da asma com a menor quantidade possível de medicamentos, garantindo que o paciente tenha uma boa qualidade de vida.
Etapa 1: Medicação de resgate para alívio dos sintomas A primeira etapa do tratamento é indicada para pacientes com sintomas leves e ocasionais. Nessa fase, o paciente utiliza medicamentos de resgate, como os broncodilatadores de curta duração (β2-agonistas), para alívio rápido dos sintomas, como falta de ar e chiado no peito.
A medicação é usada conforme a necessidade, ou seja, quando o paciente sentir os sintomas de uma crise asmática. Além disso, recomenda-se a educação do paciente e o controle de fatores ambientais que possam desencadear os sintomas.
Etapa 2: Controle leve da asma Quando o paciente apresenta sintomas mais frequentes, mesmo que leves, entra na segunda etapa do tratamento. Aqui, além da medicação de resgate, é introduzido um corticoide inalatório em dose baixa para o uso diário.
O corticoide inalatório é o principal medicamento de controle da asma a longo prazo, pois reduz a inflamação das vias aéreas, prevenindo novas crises. Alternativamente, alguns pacientes podem usar um antagonista dos receptores de leucotrienos.
Etapa 3: Controle moderado Se os sintomas persistirem, mesmo com o uso de corticoides em doses baixas, é necessário aumentar a intensidade do tratamento. Na etapa 3, combina-se o corticoide inalatório em dose baixa com um broncodilatador de longa duração.
Essa combinação permite um melhor controle da inflamação e previne a broncoconstrição, garantindo uma respiração mais livre ao longo do dia. A adesão ao tratamento é crucial para evitar exacerbações e manter os sintomas sob controle.
Etapa 4: Controle de asma grave Pacientes que não respondem adequadamente à combinação de corticoide e broncodilatador na etapa 3 podem precisar aumentar a dose do corticoide inalatório para uma dose média ou alta.
A combinação com o broncodilatador de longa duração permanece. Além disso, pode-se introduzir um terceiro medicamento, como o antagonista de leucotrienos ou o tiotrópio, para melhorar o controle dos sintomas.
Etapa 5: Asma grave e difícil de controlar Quando a asma permanece não controlada, mesmo após seguir as etapas anteriores, é necessário recorrer a terapias mais avançadas.
Isso pode incluir o uso de corticoides orais em doses baixas a longo prazo, além de considerar tratamentos biológicos para pacientes com asma grave. Os medicamentos biológicos, como os anti-IgE e anti-IL-5, são indicados para casos de asma grave alérgica ou eosinofílica, oferecendo uma nova opção de tratamento para aqueles que não respondem bem às terapias tradicionais.
Como monitorar e ajustar o tratamento da asma
O controle da asma deve ser monitorado regularmente pelo médico. A cada consulta, o profissional de saúde avaliará o nível de controle da doença com base nos seguintes critérios:
Frequência dos sintomas diurnos e noturnos
Necessidade de usar medicação de alívio
Limitação nas atividades físicas diárias
Função pulmonar (Pico de Fluxo Expiratório ou Espirometria)
Com base nessa avaliação, o tratamento pode ser ajustado. Se o paciente estiver com a asma bem controlada por pelo menos três meses, o médico pode reduzir gradualmente a medicação. Por outro lado, se os sintomas piorarem, pode ser necessário aumentar a intensidade do tratamento.
O tratamento da asma é personalizado e ajustado de acordo com o nível de controle dos sintomas e a resposta ao tratamento. Seguir as etapas de controle e realizar o acompanhamento médico regular é fundamental para manter a asma sob controle e garantir uma boa qualidade de vida.
Se você sente que seus sintomas estão piorando ou não consegue manter a doença sob controle, converse com seu médico para ajustar o tratamento.