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Foto do escritorCarlos Felipe

Plaquetograma: parâmetros avaliados

1. Contagem total de Plaquetas


O que mede:

  • Quantifica o número total de plaquetas em um microlitro de sangue.


Valores de referência:

  • 150.000 a 450.000/mm³


Alterações:

  • Trombocitose (Aumento):

    • Contagem > 450.000/mm³.

    • Associada a estados inflamatórios, doenças mieloproliferativas ou reações pós-cirúrgicas.

  • Trombocitopenia (Redução):

    • Contagem < 150.000/mm³.

    • Causada por destruição excessiva, produção insuficiente ou sequestro esplênico.



2. Volume Plaquetário Médio (VPM)


O que mede:

  • O tamanho médio das plaquetas, expresso em femtolitros (fL).

  • Plaquetas maiores indicam maior atividade e imaturidade, enquanto plaquetas pequenas sugerem produção reduzida.


Valores de Referência:

  • Normal: 7,4 a 10,4 fL


Alterações:

  • Aumento do VPM:

    • Plaquetas jovens e hiperativas, observadas em trombocitopenias reativas ou estados inflamatórios.

  • Redução do VPM:

    • Plaquetas antigas ou defeituosas, associadas a hipoprodução medular.



3. Índice de Distribuição Plaquetária (PDW)


O que mede:

  • Avalia a variação no tamanho das plaquetas, indicando heterogeneidade (anisocitose plaquetária).


Valores de referência:

  • Normal: 15-17%


Alterações:

  • PDW Elevado:

    • Sugere desordens de produção plaquetária ou destruição acelerada.

  • PDW Reduzido:

    • Indica menor variação no tamanho das plaquetas, geralmente sem relevância clínica significativa.



Alterações plaquetárias


As alterações na quantidade ou na função das plaquetas podem levar a condições hemorrágicas ou trombóticas.


1. Trombocitose (aumento das plaquetas)


Causas:

  • Primária:

    • Doenças mieloproliferativas (ex.: trombocitemia essencial, policitemia vera).


  • Reativa (Secundária):

    • Inflamação crônica (ex.: artrite reumatoide).

    • Infecções.

    • Pós-operatório ou hemorragias recentes.



Riscos associados:


  • Tromboembolismo (ex.: trombose venosa profunda, embolia pulmonar).

  • Sangramento paradoxal em trombocitose extrema (> 1.000.000/mm³), devido ao consumo de fatores de coagulação.



2. Trombocitopenia (redução das plaquetas)


Causas:


  • Produção reduzida:

    • Aplasia medular.

    • Leucemias ou infiltração medular por neoplasias.

    • Uso de medicamentos (ex.: quimioterápicos, fenitoína).


  • Destruição aumentada:

    • Púrpura Trombocitopênica Imune (PTI).

    • Síndrome Hemolítico-Urêmica (SHU).

    • Coagulação Intravascular Disseminada (CIVD).


  • Sequestro esplênico:

    • Esplenomegalia ou aumento de função esplênica em doenças como cirrose ou hipertensão portal.



Manifestações clínicas:


  • Petéquias e equimoses.

  • Sangramento gengival ou nasal.

  • Hemorragias mais graves (ex.: hemorragia intracraniana) em trombocitopenias severas (< 20.000/mm³).



3. Distúrbios funcionais das plaquetas


Mesmo com contagem dentro dos padrões de normalidade, alterações funcionais podem ser encontradas:


  • Trombastenia de Glanzmann:

    • Distúrbio hereditário da agregação plaquetária.


  • Síndrome de Bernard-Soulier:

    • Distúrbio hereditário de adesão plaquetária, com plaquetas grandes e anormais.


  • Uso de medicamentos:

    • Antiagregantes plaquetários, como AAS e clopidogrel, interferem na função plaquetária.


Imagem de tubos com conteúdo que representa sangue.

Importância clínica do plaquetograma


O plaquetograma é uma ferramenta essencial na investigação de:


  1. Distúrbios hemorrágicos:

    • Diagnóstico de trombocitopenias e distúrbios funcionais.

  2. Trombofilias e estados inflamatórios:

    • Identificação de trombocitose e risco de eventos trombóticos.

  3. Doenças hematológicas:

    • Auxílio no diagnóstico de neoplasias e doenças mieloproliferativas.


A análise das plaquetas no hemograma fornece informações valiosas para o diagnóstico de condições hemorrágicas e trombóticas.


A interpretação correta de parâmetros como contagem total, VPM e PDW é fundamental para compreender a dinâmica plaquetária e orientar condutas clínicas.


Profissionais de saúde devem estar atentos às alterações no plaquetograma, utilizando essas informações como parte de uma avaliação integral para oferecer o melhor cuidado a seus pacientes.

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Fotos disponibilizadas por IA, Pexels ou Unsplash.

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