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Foto do escritorCarlos Felipe

Interpretação da cardiotocografia: ACOG 2009

O monitoramento fetal é uma ferramenta crucial no acompanhamento de gestações de risco, permitindo a avaliação contínua do bem-estar fetal.


A interpretação dos traçados cardiotocográficos segue as diretrizes da ACOG (American College of Obstetricians and Gynecologists) de 2009, que categorizam os traçados em três grupos, cada um associado a diferentes níveis de risco e intervenções.



Categoria 1: Traçado normal


Um traçado cardiotocográfico na Categoria 1 é considerado normal, refletindo um baixo risco de acidose metabólica fetal. As principais características incluem:

- Linha de base: Frequência cardíaca fetal (bpm) entre 110 e 160.

- Variabilidade: Entre 6 e 25 bpm.

- Desacelerações**: Ausentes.

- Acelerações: Podem estar presentes ou ausentes.


A conduta para um traçado normal é simplesmente seguir com o monitoramento regular.



Categoria 2: Traçado indeterminado


Os traçados indeterminados são aqueles que não se encaixam claramente nas categorias 1 ou 3. Estes traçados requerem vigilância aumentada, pois há um risco indefinido de acidose metabólica fetal. As características incluem:

- Linha de base: Frequência < 109 bpm ou > 160 bpm.

- Variabilidade: Comprimida (< 5 bpm) ou saltatória (> 25 bpm).

- Desacelerações: Podem estar presentes, incluindo as do tipo II (variáveis).

- Acelerações: Ausentes ou presentes.


Para traçados indeterminados, a recomendação é estreitar a vigilância, monitorando de perto qualquer sinal de deterioração.



Categoria 3: Traçado anormal


Traçados na Categoria 3 são anormais e indicam um alto risco de acidose metabólica fetal, exigindo avaliação clínica imediata. As características incluem:

- Linha de base: Frequência < 109 bpm ou > 160 bpm.

- Variabilidade: Lisa ou ausente.

- Desacelerações: Recorrentes ou padrões sinusoidais.

- Acelerações**: Ausentes após estimulação fetal (EFA).


Quando um traçado é classificado como anormal, a conduta imediata é avaliar clinicamente a situação e considerar intervenções para garantir a segurança do feto.


A interpretação precisa dos traçados cardiotocográficos é essencial para o manejo adequado do bem-estar fetal durante a gravidez.


As diretrizes da ACOG 2009 fornecem uma estrutura clara para classificar os traçados e determinar as intervenções apropriadas, ajudando a reduzir os riscos associados à acidose metabólica fetal e garantir melhores desfechos para mãe e bebê.

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